12 de agosto, 2025

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O grande arquivo da memória de Fátima nasceu há 70 anos

Museu do Santuário de Fátima foi criado a 13 de agosto de 1955, por D. José Alves Correia da Silva. Homem de visão, o bispo de Leiria percebeu que guardar a memória era uma porta aberta para o futuro.

 

Amanhã, 13 de agosto, celebra-se o 70.º aniversário da criação do Museu do Santuário de Fátima, fundado a 13 de agosto de 1955, por D. José Alves Correia da Silva, então bispo de Leiria.

Para assinalar a data, decorrerá na tarde de amanhã, às 15h30, após as celebrações da Peregrinação de agosto, uma visita guiada à exposição temporária “servir, a única pregação”, no piso inferior da Basílica da Santíssima Trindade, na qual será exibido um pequeno documentário sobre o Museu do Santuário de Fátima.

Em 2023, só a Casa dos Santos Francisco e Jacinta Marto, em Aljustrel, recebeu 211.963 visitantes. O número é superior ao de equipamentos culturais tão importantes como o Panteão Nacional, o Palácio Nacional de Mafra ou o Museu Nacional de Arte Antiga, de acordo com as estatísticas disponibilizadas pelos Museus e Monumentos de Portugal.

Em relação a 2024, ainda não foi divulgado o registo de entradas nos museus e monumentos nacionais, mas nos quatro espaços museológicos do Santuário de Fátima — exposição permanente, exposição temporária, Casa dos Santos Francisco e Jacinta Marto e Casa da Irmã Lúcia — o volume de visitantes prosseguiu uma trajetória ascendente, tendo rondado o milhão.

Foi há 70 anos, a 13 de agosto de 1955, que D. José Alves Correia da Silva, bispo de Leiria, redigiu a carta fundacional do que, na ocasião, foi designado de “Museu-Biblioteca do Santuário de Nossa Senhora do Rosário de Fátima”.

O interesse que os quatro núcleos museológicos suscitam revela que D. José Alves Correia da Silva era “um homem de grande visão”. “Tinha uma clara noção do que é, não apenas um museu, mas do que é um museu dentro de uma instituição religiosa e a consciência de como é que podia ser útil ao próprio Santuário de Fátima, em diferentes perspetivas”, sublinha Marco Daniel Duarte, diretor do Museu.

Quanto aos propósitos inerentes à fundação, considera que se mantêm atuais. O Museu nasce com o desafio de “não deixar morrer os testemunhos materiais que ainda restavam do tempo das aparições”. Nos anos 50, o Santuário sofria profundas alterações, ganhava uma nova fisionomia e internacionalizava-se, pelo que era fundamental “não deixar desaparecer esses testemunhos da primeira hora de Fátima e, ao mesmo tempo, olhar para as novas expressões artísticas que o Santuário ia tendo e valorizá-las”.

Outro aspeto importante, subjacente à carta fundacional do Museu, era a recolha das expressões de culto dos peregrinos de Nossa Senhora de Fátima. “Há aqui um programa que pensa no passado, pensa no presente daquela época e perspetiva claramente o futuro”, sublinha o diretor do Museu.

“O que estava na mente de D. José era fazer um grande arquivo da memória deste lugar, sabendo que as instituições só prevalecem se acautelarem a sua memória, porque é isso que lhes dá consciência do que elas são”, afirma.

Volvidos 70 anos, mudaram os conceitos e as formas de abordar os objetos, as ciências do património trouxeram mais responsabilidades, mas a pertinência e relevância do Museu permanece.

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