11 de maio, 2025
![]() “Este é o lugar materno onde Nossa Senhora abre os braços para vos acolher”Na missa deste domingo, celebrada no Recinto de Oração, o reitor do Santuário de Fátima dirigiu-se de forma especial aos peregrinos a pé, desejando que se sintam acolhidos “neste lugar materno”
Foi com uma saudação aos peregrinos que, por estes dias, se deslocam a pé a Fátima, que o reitor do Santuário começou a homilia da missa deste IV Domingo da Páscoa. Diante de um Recinto de Oração muito composto, o padre Carlos Cabecinhas relembrou aos peregrinos que a Cova da Iria é o lugar materno onde Nossa Senhora abre os braços para os acolher, depois do difícil caminho feito a pé. “Este é esse lugar de acolhimento”, afirmou. “O que desejo é que vos sintais acolhidos, recebidos por este abraço materno”, referiu. Convidou, depois, os peregrinos a porem nas mãos de Maria os motivos que estiveram na origem da sua peregrinação, porque “Ela não deixará de os entregar ao Senhor Jesus”. Num segundo momento, aludindo ao domingo do Bom Pastor que, hoje, se celebra, o padre Carlos Cabecinhas destacou: “este é um domingo de uma enorme confiança, sabemos quem nos conduz, sabemos que quem nos conduz, nos conhece pelo nome, nos chama pelo nome e quer o nosso bem”. “Cada um de nós é precioso a seus olhos”, afirmou, acrescentando que, como resposta, Jesus pede que o escutem e o sigam. Lembrando que o Domingo do Bom Pastor é também o Dia Mundial de Oração pelas Vocações, o presidente da celebração salientou a importância, também neste contexto, dos verbos “escutar” e “seguir”. “Escutar” não com uma atitude passiva e “seguir” no sentido de deixar que “as palavras de Jesus influenciem as nossas atitudes e opções, determinem a nossa vida nas suas várias dimensões”. Retomando a mensagem do Papa Francisco para este Dia Mundial de Oração pelas Vocações – “a vocação é um dom precioso que Deus semeia nos nossos corações, um chamamento a sair de si mesmo para trilharmos um caminho de amor e serviço” – o padre Carlos Cabecinhas contrapôs uma “crise de respostas” à expressão “crise de vocações”. “Não é de crise de vocações que se trata”, referiu, porque “Deus não deixa de chamar”. “A crise não está pois no chamamento, na vocação. Se existe está na resposta. E a causa desta crise de respostas está na dificuldade em escutarmos a voz do bom Pastor e de arriscar seguí-L’O”, enfatizou. A terminar, o reitor do Santuário sublinhou que esta jornada de oração é um convite não só a rezar pelas vocações e pelos mais jovens, que fazem o seu discernimento vocacional, mas também o desafio de dar um testemunho credível de que vale a pena escutar Jesus e deixar-se conduzir por Ele que é o bom Pastor. Concluiu, referindo que esta é também ocasião para tomar consciência de que aos cristãos compete “acolher, discernir e acompanhar o caminho vocacional das novas gerações”, como refere o Papa Francisco na mensagem deste dia. |