10 de março, 2025
![]() "A única verdade é amar"D. Manuel Clemente presidiu à missa do primeiro domingo da Quaresma, no dia 9 de março, na Basílica da Santíssima Trindade.
Na missa do primeiro domingo da Quaresma, no dia 9 de março, na Basílica da Santíssima Trindade do Santuário de Fátima, D. Manuel Clemente, patriarca emérito de Lisboa, convidou os muitos peregrinos e famílias presentes a meditar o trecho da carta de São Paulo aos Romanos: “A nossa salvação está precisamente aí”, disse D. Manuel Clemente, referindo-se à “invocação do Senhor Jesus”, “em quem Deus oferece tudo aquilo que tem para nós”, “e em quem nós encontramos tudo aquilo que iremos ter para Deus”: “Cristo. Cristo oferecido, Cristo em nós, Cristo para Deus, Cristo para todos”, disse, levando a Assembleia a contemplar Cristo ao afirmar que significa concretamente muito na vida de cada um”, dado “o exame de consciência” a fazer, “sobre o que nos falta”, e “sobre o que temos de levar por diante”. O sacerdote centrou-se depois no Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas, dito “Evangelho das tentações de Jesus no deserto", sobre o qual afirmou que “é realmente um Evangelho, e não o é pelas tentações, mas sim pelas respostas que Jesus deu”. Neste Evangelho “Jesus quis sofrer por nós as tentações que nós também sofremos”, “e que, com Ele, venceremos”, disse. É pelo exemplo que Jesus nos mostra como lidar com as tentações, clarificou. D. Manuel Clemente reportou e comentou, em seguida, cada uma das tentações que Jesus venceu, transportando a Assembleia, com as suas palavras, para o deserto, o cenário das tentações. Perante a segunda tentação, a “do poder a qualquer custo”, “Jesus também recusa qualquer concessão para alcançar fosse que poder fosse”, pois perante a proposta “Tudo isto te darei, se te prostrares e me adorares”, respondeu: “Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a Ele prestarás culto”. A terceira tentação, que D. Manuel Clemente referiu como “a tentação das aparências” e do poder baseado no “parecer” perante as multidões, Jesus também nega, ao responder: “Não tentarás o Senhor teu Deus”. Ao concluir, aconselhou a “negar o que Jesus negou, afirmar o que Jesus afirmou, em todas as circunstâncias da nossa vida, pessoal, familiar, social, eclesial, procurar fazer tudo como Jesus fez”, dado que “com os olhos em Jesus temos os olhos em Deus, como nele se pode ver e também humanamente, entrever”; assim “temos também os olhos nos outros, como Deus nos faz ver”, “como ocasião de servir, e de crescimento no serviço”, “porque esse é realmente o único poder”, pois “a única verdade é amar”. |