06 de outubro, 2025
![]() Uma exposição que abre o coração dos visitantesA exposição temporária “servir, a única pregação” ressoa dentro de quem a visita. Termina a 15 de outubro, mas continua na interioridade de muitos dos visitantes.
À entrada da exposição temporária do Santuário de Fátima os passos dos visitantes aproximam-nos de um título, “servir, a única pregação”, inscrito em painel branco, e ladeado de outro painel, com o signo da Cruz de Cristo. Saber o que contém a exposição e entender de forma plena o seu título só é possível com uma visita. No piso inferior da Basílica da Santíssima Trindade, até ao próximo dia 15 de outubro será ainda possível visitar esta exposição, que, embora termine em breve, dá sinais de continuidade na vida interior de muitos daqueles que a visitam. As portas fecharão, mas entretanto abrem-se outras no coração dos visitantes. “O que há para lá dos três painéis?” ou “o que está para além do púlpito?” são algumas das questões que surgem no pensamento de quem procura ler o significado conjunto da exposição nos painéis alinhados na entrada. Ao passar os painéis, o visitante percebe que o título responde às perguntas. É mais adiante que se revela esta exposição que, bem além dos limites expositivos do espaço, progride para os mais variados países, na consciência dos seus visitantes. Inaugurada há menos de um ano, a 30 de novembro de 2024, a exposição contou com cerca de 170 mil visitantes até final do mês de setembro, e continuará ainda a somar visitas até 15 de outubro, último dia da atual exposição. Além da Dor, há esperançaA visita à exposição é, para muitos, marcante. Quem visita, muitas vezes comunica o seu entusiasmo aos colaboradores do Museu do Santuário de Fátima. A partir de memórias e testemunhos, percebemos como a exposição permanece em quem a visita. Os colaboradores do Museu dedicam parte do seu tempo a zelar e a transmitir informação sobre a exposição e acolhem, ouvem e guardam histórias. Num ponto do mural lê-se, em francês, “soigner les malades” [“cuidar dos doentes”]. São testemunhos que demonstram que houve quem pela exposição passou que consigo a levou. A par da materialidade efémera, as impressões, as memórias e os testemunhos dos visitantes que assim permanecem são sinais de serviço desinteressado e de ajuda ao próximo, mesmo num mundo marcado por contextos complexos e conturbados. |