07 de maio, 2025

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15 dos 133 cardeais do Conclave já estiveram em Fátima

No dia em que começa o processo de eleição do novo Papa, em Roma, recordamos a presença destes purpurados na Cova da Iria, na presidência de grandes peregrinações.

 

Na tarde desta quarta-feira, 7 de maio, tem início em Roma o Conclave que vai eleger o novo Papa. Dos 133 cardeais que dele participam, 15 já estiveram em Fátima a presidir a uma grande peregrinação.

No Santuário, todas as missas oficiais são hoje celebradas com a intenção da eleição do Sumo Pontífice e, a partir do início do Conclave e até que seja eleito o novo Papa, os peregrinos são convidados a rezar para que o Espírito Santo inspire e guie os cardeais eleitores, em todas as missas e momentos de oração.

Neste dia em que a Igreja inicia este processo determinante, recordamos a presença no Santuário dos que hoje têm nas mãos a escolha do Bispo de Roma.

 

marto.jpgCardeal D. António Marto

O cardeal D. António Marto, que participa pela primeira vez num Conclave, é sobejamente conhecido pelos peregrinos de Fátima. O atual bispo emérito de Leiria-Fátima foi criado cardeal pelo Papa Francisco em junho de 2018, depois de receber o Papa no Santuário de Fátima a 12 e 13 de maio de 2017, na comemoração do Centenário das Aparições, e o Papa Bento XVI, em 2010.

Foi e continua a ser presença assídua nas celebrações de Fátima, com reflexões que tocam os peregrinos, que aliam a profundidade e a simplicidade.

D. António Marto confessou publicamente que é “um convertido a Fátima”, depois de, durante anos, olhar com algum distanciamento o fenómeno. Foi o estudo aprofundado do acontecimento que o fizeram aproximar-se da mensagem de Fátima, assumindo que “Fátima, primeiro, estranha-se. Depois, entranha-se, entra no coração”.

Testemunhou a “projeção de Fátima a nível global” durante a celebração do Centenário das Aparições, em 2017, que guarda como o “mais pleno e marcante” que viveu na Cova da Iria.

Hoje, o cardeal de Leiria-Fátima é figura incontornável da história de Fátima e participará pela primeira vez num conclave.


clemente.jpgCardeal D. Manuel Clemente

O atual patriarca emérito de Lisboa, cardeal D. Manuel Clemente, presidiu à Peregrinação Internacional Aniversária de 12 e 13 de maio de 2016, tendo então inaugurado o altar do Recinto de Oração.

Na antecipação das celebrações daqueles dias, D. Manuel Clemente perspetivava Fátima como “um grande mistério, onde a História se tem recentrado, reinterpretado e projetado em termos internos e externos”.

Nas reflexões que apresentou aos peregrinos, o então patriarca de Lisboa, que é doutor em Teologia Histórica, afirmava que “a verdade garantida de Fátima está na sua coincidência com a própria verdade evangélica”.

D. Manuel Clemente, que esteve em muitas outras ocasiões presente na Cova da Iria, foi nomeado cardeal pelo Papa Francisco a 4 de janeiro de 2015 e assume pela primeira vez as funções de cardeal eleitor num conclave para eleger um Papa.

 

mendonca.jpgCardeal Tolentino Mendonça

O cardeal Tolentino Mendonça é, desde setembro de 2022, prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação da Santa Sé, após ter assumido o cargo de Bibliotecário e Arquivista do Vaticano.

Biblista e poeta, D. Tolentino Mendonça, que foi criado cardeal também pelo Papa Francisco a 5 de outubro de 2019, presidiu às celebrações da Peregrinação Internacional Aniversária de maio de 2021, em plena pandemia.

“A força de Fátima é algo que, neste tempo de pandemia, precisamos de redescobrir”, dizia, no encontro com os jornalistas, na tarde de 12 de maio, ao sublinhar o “papel fundamental” dos Santuários no mundo atual, como lugares que oferecem “uma síntese entre a religiosidade tradicional e a modernidade”.

Na homilia do dia 13, o cardeal madeirense apresentava Fátima como “alavanca da humanidade”, e “laboratório sem portas nem muros, sempre aberto para a esperança”, que “ensina como se ilumina um mundo que está às escuras”.

 

aguiar.jpgCardeal D. Américo Aguiar

O cardeal D. Américo Aguiar é um dos mais novos cardeais a participar neste conclave. Criado pelo Papa Francisco no Consistório de 30 de setembro de 2023, o atual bispo de Setúbal foi o principal responsável pela organização da Jornada Mundial da Juventude de Lisboa de 2023 (JMJ Lisboa 2023) e é, atualmente, na Santa Sé, membro do Dicastério para a Comunicação.

Então bispo auxiliar de Lisboa, D. Américo Aguiar presidiu pela primeira vez a uma Peregrinação Internacional Aniversária em junho de 2020, num mês marcado pelo regresso dos peregrinos à Cova da Iria, após um confinamento pandémico que obrigou a que a primeira grande Peregrinação desse ano se realizasse sem a presença de fiéis no Santuário de Fátima.

Num apelo à esperança em tempos desafiantes, D. Américo Aguiar destacou a “grande atualidade da Mensagem de Fátima”, que definiu como “um memorial da presença de Deus e a experiência do acolhimento incondicional, através do colo materno de Maria”.

Três anos depois, já cardeal, D. Américo Aguiar regressou à Cova da Iria para presidir à Peregrinação de 12 e 13 de outubro, onde apresentou Fátima como lugar onde a fé gera comunhão e encontro.

Após a procissão do adeus, já na Capelinha das Aparições, o então recém-criado cardeal Aguiar ofereceu a Nossa Senhora de Fátima o báculo que usou na peregrinação, a cruz episcopal que usou durante a JMJ Lisboa 2023, o seu anel e solidéu cardinalícios e o lenço branco que usara na procissão do adeus, momentos antes.

 

parolin.jpgCardeal Pietro Parolin

O atual Secretário de Estado da Santa Sé, cardeal Pietro Parolin, presidiu a duas grandes Peregrinações na Cova da Iria.

A primeira foi em outubro de 2016, no preâmbulo do Centenário das Aparições, numa presença onde admitiu vir como “um filho que visita a sua Mãe” mais do que a título institucional, para deixar-se envolver e refletir sobre o significado de Fátima.

O responsável pela diplomacia do Vaticano viria novamente a Fátima com o Papa Francisco, por ocasião do 13 de maio de 2017, e seis anos depois, regressava para presidir à Peregrinação Internacional Aniversária de maio de 2023.

Na ocasião, sublinhou a importância de Fátima na Igreja e no mundo, caracterizando-a como “sinal e anúncio” a um futuro de paz e esperança.

D. Pietro Parolin foi feito cardeal pelo Papa Francisco a 22 de fevereiro de 2014.

 

hollerich.jpgCardeal Jean-Claude Hollerich

O apelo à paz foi o foco das reflexões que o cardeal Jean-Claude Hollerich, arcebispo do Luxemburgo, ofereceu aos peregrinos de Fátima por ocasião da Peregrinação de agosto de 2021, à qual presidiu.

A partir da Cova da Iria, o presidente da Comissão das Conferências Episcopais da União Europeia elogiou a fé e a religiosidade do povo português e olhou para Fátima como lugar onde se vive uma “experiência de consolação e de esperança”, desafiando os peregrinos a usar a sua fé para devolver Deus à Europa.

D. Jean-Claude Hollerich regressou a Fátima no ano passado para orientar o retiro da Quaresma dos bispos portugueses. Na ocasião, em declarações ao Gabinete de Comunicação do Santuário de Fátima, o cardeal criado no consistório de outubro de 2019 pelo Papa Francisco, assegurou a atualidade da Mensagem de Fátima num mundo em conflito, pelo seu apelo à conversão.

 

rocha.jpgCardeal D. Sérgio da Rocha

O arcebispo de Salvador da Bahia, no Brasil, cardeal D. Sérgio da Rocha, presidiu às celebrações da Peregrinação Internacional Aniversária de outubro de 2021.

Criado cardeal no Consistório de 19 de novembro de 2016 pelo Papa Francisco, D. Sérgio Rocha veio à Cova da Iria como “peregrino entre os peregrinos de todo o mundo”, para pedir uma Igreja comprometida com a defesa da vida e da dignidade de todos.

Ainda numa conjuntura pandémica, o primaz do Brasil veio a Fátima para “refazer a experiência dos Pastorinhos de Fátima” e “caminhar ao encontro de Nossa Senhora para, através dela, chegar a Jesus”.

“Aqui, encontramos a força para superar as contrariedades e sofrimentos”, disse o arcebispo brasileiro, que na Santa Sé é membro da Comissão Pontifícia para a América Latina e membro do Dicastério para os Bispos e Clero.

 

aviz.jpgCardeal D. João Braz de Aviz

O cardeal D. João Braz de Aviz, que esteve durante 14 anos como prefeito do Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedade de Vida Apostólica, veio à Cova da Iria a 12 e 13 de junho de 2016 para presidir à segunda grande Peregrinação desse ano e para participar como delegado do Papa Francisco no IV Congresso Eucarístico Nacional, que decorreu entre os dias 10 e 12 de junho, no Centro pastoral de Paulo VI.

Nas suas homilias, D. João Braz de Aviz perspetivou Fátima como o lugar onde se pode encontrar “a receita para um mundo melhor” e o “caminho para construir a paz que vem do coração”.

Este é o segundo Conclave no qual participa, visto que foi criado cardeal pelo Papa Bento XVI, em fevereiro de 2012.

 

furtado.jpgCardeal D. Arlindo Gomes Furtado

D. Arlindo Gomes Furtado, bispo de Santiago, Cabo Verde, foi criado cardeal há uma década pelo Papa Francisco, em fevereiro de 2015, e veio a Fátima três anos depois, a 12 e 13 de agosto de 2018, para presidir à também denominada por Peregrinação do Migrante e Refugiado.

O apelo à paz e a atenção pelos refugiados e migrantes dominaram as reflexões que o bispo cabo-verdiano trouxe à Cova da Iria.

Com 75 anos de idade, D. Arlindo Gomes Furtado é o primeiro cardeal cabo-verdiano da história a participar na eleição de um Papa.

 

steiner.jpgCardeal D. Leonardo Steiner

A paz mundial, a justiça social, a inclusão e o cuidado pelo meio ambiente foram os apelos que o cardeal D. Leonardo Steiner deixou na homilia da Missa da Peregrinação Internacional Aniversária de outubro de 2024, à qual presidiu.

Na noite anterior, o arcebispo de Manaus, que governa parte do território da Amazónia, apontara o foco para a dura realidade das comunidades indígenas e para a degradação ambiental naquela região, pedindo pela Casa Comum.

Nos dois dias que esteve na Cova da Iria, D. Leonardo Steiner implorou, diante da imagem de Nossa Senhora do Rosário de Fátima pela paz e pela conversão.

Nesta sua presença no Santuário, o cardeal brasileiro deu uma entrevista ao mensário “Voz da Fátima”, onde apresentou a oração e a “capacidade de escuta para assimilar as diferenças culturais” como caminhos para a conversão para a qual a Mensagem de Fátima aponta.

O metropolita de Manaus foi criado cardeal no Consistório de agosto de 2022 pelo Papa Francisco, sendo este o primeiro Conclave em que participa.

 

omella.jpgCardeal Juan Jose Omella

Dois dos seis cardeais espanhóis que vão participar no Conclave já estiveram em Fátima. Um deles é o arcebispo metropolita de Barcelona, cardeal Juan Jose Omella, que presidiu à Peregrinação Internacional Aniversária de maio do ano passado.

Aos mais de 450 mil peregrinos que participaram nos dois dias da Peregrinação, D. Juan Jose Omella falou do coração e de improviso, pedindo pela conversão e pelo dom da paz no mundo, exortando os peregrinos à oração.

“Escutemos a voz de Maria, que hoje nos disse, tal como aos Pastorinhos, que conta connosco”, disse o prelado de 79 anos, que participa pela primeira vez na eleição de um Papa, depois de Francisco o ter feito cardeal em junho de 2018.

 

tagle.jpgCardeal D. Luís Antonio Tagle

Este é o segundo Conclave em que o cardeal D. Luís Antonio Tagle vai participar, ele que integrou o colégio cardinalício no último ano do pontificado do Papa Bento XVI, no Consistório de novembro de 2012.

Na primeira vez a que presidiu a uma Peregrinação Internacional Aniversário, em maio de 2019, era já a quarta vez que vinha à Cova da Iria este cardeal filipino, que assume a atualidade da Mensagem que Nossa Senhora deixou em Fátima, lugar onde se sente “mais próximo de Deus”.

No encontro com os jornalistas, na tarde do dia 12 de maio, o então arcebispo de Manila, nas Filipinas, descreveu Fátima como “lugar de paz universal”, que “pode ser um dos centros de diálogo inter-religioso e intercultural”

D. Luis Antonio Tagle regressaria uma quinta vez a Fátima, a 1 de agosto de 2023, então já como pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização da Santa Sé, e celebrou uma Missa no Recinto de Oração do Santuário com os jovens que então participavam na JMJ Lisboa 2023.

 

ferrao.jpgCardeal D. Filipe Néri Ferrão

D. Filipe Néri Ferrão, arcebispo de Goa e Damão, na Índia, presidiu em Fátima à Peregrinação Internacional Aniversária de 12 e 13 de outubro de 2014, quando ainda não era cardeal. Recebeu o barrete cardinalício pelo Papa Francisco, no Consistório de agosto de 2022.

Em declarações ao Gabinete de Comunicação do Santuário, o então Patriarca das Índias Orientais e Primaz da Índia contava que aquela era sua segunda presença na Cova da Iria e assumia o seu regresso como uma oportunidade de homenagear pessoalmente a Virgem de Fátima, que aprendera a venerar desde pequenino.

 

tempesta.jpgCardeal D. Orani João Tempesta

D. Orani João Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro, no Brasil, esteve em Fátima a 12 e 13 de maio de 2013, dois meses após o início do pontificado do Papa Francisco, que o fez cardeal no ano seguinte, no Consistório de fevereiro de 2014.

“Este arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro se une aos peregrinos que aqui vieram para neste lugar consagrar sua vida e sua missão ao serviço da Igreja aos pés da Virgem de Fátima, que trago em meu coração desde a minha infância quando rezava à Mãe, após as aulas de catequese na Igreja Matriz de minha cidade Natal”, disse o prelado, na homilia de 13 de maio de 2013, dia em que D. José Policarpo consagrou o Pontificado de Papa Francisco a Nossa Senhora de Fátima, a pedido do Santo Padre, dois meses após o início do seu pontificado.

Nas reflexões que apresentou na Cova da Iria, o cardeal brasileiro apresentou ainda a “denúncia do pecado e o anúncio de que é imperioso conformar a nossa vida a Jesus Cristo” como os aspetos mais importantes da Mensagem de Fátima.

Foi D. Orani João Tempesta que presidiu à inauguração da réplica da Capelinha das Aparições que existe na cidade do Rio de Janeiro, a 28 de maio de 2011.

 

turkson.jpgCardeal Peter Turkson

O cardeal Peter Turkson, que participa no seu terceiro Conclave, esteve em Fátima há 15 anos, para presidir à Peregrinação de 12 e 13 de setembro.

No final da tarde de 12, na Capelinha das Aparições, o cardeal ganês e então presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz falou de Fátima “como lugar de graça” e de “testemunho especial, através da Virgem Maria, que é figura da oferta contínua da salvação de Deus”, exortando à conversão e ao compromisso de uma vida de penitência.

Atualmente, Peter Turkson é arcebispo emérito de Cape Coast, no Gana, e chanceler da Pontifícia Academia das Ciências e da Pontifícia Academia das Ciências Sociais. Foi criado cardeal pelo Papa João Paulo II, no Consistório de outubro de 2003.

 

Os católicos por todo o mundo aguardam, por estes dias, a decisão que se toma por entre as paredes da Capela Sistina, no Vaticano. No dia da eleição, o Santuário de Fátima expressará a sua alegria com toque festivo dos sinos da Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima. Até lá, os peregrinos são convidados a rezar para que o Espírito Santo inspire e guie cada um dos cardeais eleitores.

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