12 de julho, 2019

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“Drama dos cristãos perseguidos” lembrado na primeira noite da Peregrinação de julho

Na homilia da Missa desta noite, D. Daniel Batalha Henriques pediu união em oração pelos cristãos perseguidos por causa da sua fé

 

Esta noite, na homilia da Missa Internacional Aniversária de julho, D. Daniel Batalha Henriques, que preside à Peregrinação, desafiou os fiéis presentes a interpretar a terceira parte do segredo de Fátima à luz das perseguições religiosas feitas a muitos cristãos. Ao definir a oração como lugar de abertura ao próximo, o bispo auxiliar de Lisboa pediu união em oração pelos cristãos perseguidos, alertando para o perigo do silêncio e do comodismo das sociedades ocidentais perante este drama.

Ao lembrar as intenções que cada um dos presentes trazia à Cova da Iria, D. Daniel Batalha Henriques começou por apresentar a fraternidade e a oração como a essência que deve guiar aqueles que vêm a Fátima.

“Ser peregrino de Fátima é aceitar alargar o coração, recusando mantê-lo fechado na individualidade de cada um ou no círculo restrito da família e dos amigos. É aceitar reaprender a arte de rezar na escola de Jesus e de Maria, mesmo que rezar nos pareça já algo tão familiar e definitivamente assimilado”, disse, apresentando, à luz do pensamento do Papa Francisco, a oração como um lugar que se projeta no próximo e onde “não há espaço para o individualismo”.

Neste sentido, a partir da primeira leitura, que relatava a situação dramática do Povo de Israel no cativeiro da Babilónia, o prelado pediu união em oração pelos cristãos perseguidos por causa da sua fé, alertando para o comodismo que caracteriza as sociedades ocidentais.

“Estes cristãos, compreensivelmente, não entendem o silêncio que parece prevalecer sobre o seu drama nos países ditos desenvolvidos, que tão orgulhosamente defendem a sua supremacia no que diz respeito à defesa dos direitos humanos. Nem tão pouco entendem o silêncio acomodado de tantos cristãos desses países, acomodados e entretidos com as suas rotinas quotidianas, onde o que importa é salvaguardar uma vida tranquila e sem sobressaltos”, disse, ao lembrar a atitude ativa que o Santo Padre tem vindo a assumir no sentido de envolver a Igreja numa corrente de oração e de empenho continuado por esta causa.

Na conclusão, o presidente da Peregrinação Internacional Aniversária de julho evocou a aparição de 13 de julho de 1917, centrando-se na última parte da visão que Nossa Senhora deu a contemplar aos Pastorinhos e que ficou conhecida como o “terceiro segredo de Fátima”, sobre a qual desafiou os peregrinos a uma interpretação à luz da perseguição que atualmente é feita a muitos cristãos.

“Na sua linguagem profética, quase em estilo bíblico, [a terceira parte do Segredo de Fátima] relata a parte sangrenta e dramática da história da Igreja no século XX, no que aos mártires da fé diz respeito. Mas podemos ver também nele o caminho da Igreja ao longo da história, desde o martírio de Santo Estêvão, o primeiro mártir ou de São Pedro, o primeiro Papa até aos anos já decorridos depois do ano 2000, em que foi revelado o Segredo.”

Assumindo que “o caminho de Jerusalém e o caminho do Calvário será sempre o caminho da Igreja”, o prelado apontou para a vida dos “mártires de hoje e de sempre” como exemplos de santidade que inspiram a uma vida mais próxima de Deus.

Participaram nas celebrações 72 grupos de peregrinos, oriundos de: Portugal, Espanha, França, Itália, Polónia, Alemanha, Reino Unido, Bélgica, Áustria, Hungria, Malta, Brasil, Colômbia, Estados Unidos da América, Líbano, Costa do Marfim, Ilhas Maurícias, Coreia do Sul e Filipinas.

A Peregrinação Internacional Aniversária de julho, que evoca a terceira aparição de Nossa Senhora aos videntes Lúcia, Francisco e Jacinta, a 13 de julho de 1917, na Cova da iria, continua, pela madrugada, com uma vigília de oração, animada pelos jovens da diocese de Leiria-Fátima. Amanhã, o dia começa com a procissão eucarística, às 7h00, seguida da recitação do Rosário, na Capelinha das Aparições, de onde, às 10h00, partirá a procissão com a imagem de Nossa Senhora até ao altar do Recinto, onde será celebrada a Missa Internacional Aniversária, que termina com a com Procissão do Adeus.

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